Friday, April 28, 2006

Poesia sudorípara: versos esdrúxulos para matar o tédio

Prelúdio:

Pois é minha gente, começa agora uma série de poemas feitos no final de 2003 e meio de 2004. O título desta "obra" é o mesmo do post. Mas vocês devem estar se perguntando "que picas quer dizer poesia sudorípara" ? Pois bem, lembra da fomosa frase "10% inspiração, 90% de transpiração" ? Pois então, é isso. Isso tudo nasceu de um dia em que eu estava sentado no sesc da paulista (acreditem, tem um sesc lá) esperando algum desses eventos culturais (gratuitos, claro) começar. Estava eu no auge do meu tédio, quando decidi escrever alguma coisa, pois o tédio era tão grande que chegava até a lembrar uma daquelas cláááássicas aulas de inglês. Então eu decidi fazer um soneto (pra variar). Um não, um monte, mas sobre algo diferente, algo que talvez ninguém tivesse feito. Então o que poderia ser tão normal, tão passável que alguém sequer tivesse tido vontade de poetisar? Um estojo escolar, é claro! Então olhei para a minha musa de borracha e seus apetrechos e pensei: uma série de sonetos para meu estojo e seus componetes.... meu Deus, a que ponto chega um homem! Peguei um lápis, meu caderno e comecei a minha odisséia....


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Componente # 1
Já vou dizendo que não sou viado
não sou viado por estar escrevendo
sobre tal coisa, que já vou dizendo
ser um roliço duro e avermelhado
E sai da ponta um visgo esbranquiçado
é só agarrar que ele já vai crescendo
mas tem cautela quando está mexendo
pois que se não sai todo lambuzado
a validade tem um longo prazo
é conhecido, já foi visto em vídeo
e não faz mal a quem possui rinite
tem uns que usam quando estão no atrazo
base de éter poliglucosídeo
mais conhecido como cola Pritt

Thursday, April 20, 2006

and here we go

prelúdio:

Um dia, na época em que eu tinha fotolog, eu fiz um texto em cima de uma foto. Era um texto lindo, talvez o melhor que eu já escrevi nos meus parcos 21 anos de vida. Era sobre um dia em que tudo tinha dado certo, absolutamente tudo. Foi meu dia de vitória, eu era o mais forte, invencível, irredutivel, inabalável. Naquele dia eu fui senhor de mim. Comandei com punhos de ferro a minha felicidade. Naquele dia 'non duco, ducor'. E era com essa imensa felicidade que eu queria começar o meu confessionário. Mas eu não tinha cópia e o texto se foi. De maneira que se alguém tiver, por favor me avise. Então eu confesso o que passo por agora (embora o texto abaixo já tenha algum tempo). Desculpe por não postar coisa melhor, mais feliz, mais positiva, mas esse é um confessionário e por aqui, meus amigos, nem toda reza salva, nem toda palvra é luz, nem todo silêncio é perdão.

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O que é você?
Eu não faço a menor idéia do que está se passando comigo. Por horas feliz, por horas triste, mas na maioria das vezes o que permanece é uma melancolia dolorida, que não destrói como uma daquelas depressões de domingo ao entardecer, mas que incomoda, e por mais tímida que seja, ela fica sempre lá. É algo que te aguarda, que te observa, fica no canto do muro, na sombra. Quando você sorri para outra pessoa, quando você gargalha até a barriga doer, por mais feliz que você se sinta, tem uma parte ínfima na sua cabeça que sabe que mesmo com todo aquele furor, você sabe que ela não foi embora. E que quando você estiver de boca fechada e mente preguiçosa ela vai aparecer por lá. Às vezes ela até conversa, se explica essa danada dessa melancolia, mas isso só te deixa mais confuso. Que picas ela ainda está fazendo lá? Você pensa, sente, às vezes até chora, sente aquele frio que começa do braço e chega até a nuca, mas... mas...mas nada! Então você aprende a conviver com ela, com seu olhar esguio, furtivo, com sua presença obscura. Mas você sabe que aquilo é como um tumor que cresce silencioso, que é como a brisa que precede a chuva, o silêncio antes da lágrima, e se pergunta: o que é você?

13-3-06

Saturday, April 15, 2006

VezPorOutra

Bem vindos caros infortúitos mortais ao blog VezPorOutra. Vocês devem estar se perguntado que raio de nome estranho é esse. Pois bem, inspirado por nomes diferentes de blogues, como Jesus me Chicoteia (tem mesmo um blogue com esse nome) e tantos outros, resolvi colocar um nome um pouco diferente aqui. Mas não simplesmente diferente, algo que justificasse e resumisse, de alguma forma, a filosofia desse blog. "Vez por outra" é uma forma bonita de se dizer "de vez em quando", e é exatamente essa a veia desse blog. Esse não um daqueles blogs estilo hoje-acordei-tomei-banho-fui-pra-esola-almocei-vi-meus-amigos-tomei-banho-e-dormi. Não, ele não conta o que eu faço (ou tento fazer ) durante o dia, nem fala dos meus encontros, das minhas histórias, fazendo assim com que siga numa certa continuidade. Este é um espaço anacrônico, onde o mal de todos os séculos, o Tempo, não entra. É um espaço ermo, um confessionário que tratará de coisas não-lineares, mas nem por isso distentes. Amor (ou deveria dizer Foça?), tédio, rabsicos, idéias, qualquer coisa que VezPorOutra deva ser vista, como um recurso deseperado de uma mente há muito ociosa. Muitos dos "posts" já estão prontos. São textos, poemas e coisas afins que eu regurgitei por alguma razão que talvez nem eu conheça e que serão expostos conforme eu sentir vontade. Como foi dito, esse é, de certa forma, um confessionário. Por tanto algumas coisas grotescas aparecerão. Mas não se preocupem, eu ainda continuo inofensivo (?...). Bom, pra uma nota introdutória até que essa aqui tem um tamanho razoavel. Muito obrigado por ter lido até aqui.