Poesia sudorípara: versos esdrúxulos para matar o tédio
Prelúdio:
Pois é minha gente, começa agora uma série de poemas feitos no final de 2003 e meio de 2004. O título desta "obra" é o mesmo do post. Mas vocês devem estar se perguntando "que picas quer dizer poesia sudorípara" ? Pois bem, lembra da fomosa frase "10% inspiração, 90% de transpiração" ? Pois então, é isso. Isso tudo nasceu de um dia em que eu estava sentado no sesc da paulista (acreditem, tem um sesc lá) esperando algum desses eventos culturais (gratuitos, claro) começar. Estava eu no auge do meu tédio, quando decidi escrever alguma coisa, pois o tédio era tão grande que chegava até a lembrar uma daquelas cláááássicas aulas de inglês. Então eu decidi fazer um soneto (pra variar). Um não, um monte, mas sobre algo diferente, algo que talvez ninguém tivesse feito. Então o que poderia ser tão normal, tão passável que alguém sequer tivesse tido vontade de poetisar? Um estojo escolar, é claro! Então olhei para a minha musa de borracha e seus apetrechos e pensei: uma série de sonetos para meu estojo e seus componetes.... meu Deus, a que ponto chega um homem! Peguei um lápis, meu caderno e comecei a minha odisséia....
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Componente # 1
Já vou dizendo que não sou viado
não sou viado por estar escrevendo
sobre tal coisa, que já vou dizendo
ser um roliço duro e avermelhado
E sai da ponta um visgo esbranquiçado
é só agarrar que ele já vai crescendo
mas tem cautela quando está mexendo
pois que se não sai todo lambuzado
a validade tem um longo prazo
é conhecido, já foi visto em vídeo
e não faz mal a quem possui rinite
tem uns que usam quando estão no atrazo
base de éter poliglucosídeo
mais conhecido como cola Pritt