Tuesday, October 17, 2006

Vênus

Prelúdio:
Este poema foi feito à uma pessoa passageira, mas nem por isso com uma história menos interessante. Não tinha qualidades exorbitantes. Não era nem gorda nem magra. Não era inteligente e nem burra, nem boa, nem má. Não era por que não precisava ser. No fim das (curtas) contas, descobri que era uma musa. Ora, uma musa não é prendada, não é modelo, não é professora nem freira e muito menos é a mulher da sua vida. Uma musa é a sua inspiração. É o sopro divino que insufla as velas de um navio humano qualquer e o faz seguir viagem. Sua beleza era Helênica, e à sua imagem oferto estas linhas.

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Vênus

Teus seios são fartos
Tuas coxas são grossas
Tua mão é sedosa
Teu delta é de mel

Teu gosto é lascivo
Teus olhos, profundos
São tudo no mundo
Pra bom menestrel

E quando me embrenho
Na mata cerrada
Com alma arraigada
Num teso tropel

Descambo em deleite
Nos ombros da luz
Na tez cor-de-leite
Nos braços do céu
22/12/05