Monday, May 08, 2006

keep on


Prelúdio:

Diante da avassaladora massa de pedidos e do sucesso estrondoso do poema anterior, só me resta dizer: calma, calma gente, eu responderei a um coment de cada vez, não adianta todo mundo comentar ao mesmo tempo! Dito isso, esse próximo poema era pra ser o que cronologicamente veio depois do "componente #1". Mas como ele é completamente descabido (seu nomé é "o completamente descabido poema do meu chaveiro de Spawn") eu tomo a liberdade de pulá-lo e atender aos pedidos desta enorme e participativa platéia. Posto agora o poema que eu acho o mais bonito da série. Foi feito pro meu estilete, mas depois de muito tempo eu acabei identificando um "q" auto-biográfico em muitos dos seus versos. Mas foi tudo sem querer viu? Anyway, o que mais me agrada nele é o seu esquema de rimas. Decassílabo, muitas rimas internas, joguinhos de tonantes e consonantes e essas frescuragens todas. Leva o nome da marca do estilete. À vocês:
_____ " ______
Cis

Por vezes eu me aposso do teu corpo
teu dorso é meu, translúcido e imortal
teu aço faz, corrompe e corta o espaço
mas prezo não tornar-te marginal
Pois tudo o que tu tocas se transforma
a norma de deforma e cada qual
bagaço que sobrou do teu cansaço
é resto do teu louco temporal
Reclama toda fama de indolente
poente do exponente que se inflama
vertente desta gama bem e mal
Derrama toda chama inconseqüênte
ardente adolescente por quem clama
tua fúria, teu desejo, teu punhal

4 Comments:

At 9:25 AM, Anonymous Anonymous said...

Muito bom poema...

bjks

 
At 1:00 PM, Anonymous Anonymous said...

Lindo!

Lindo!

Lindoooooooooo!!

Obrigada por atender a está humilde apreciadora da sua inteligencia sem limites!

Bjokitas Meu Cachorro

 
At 6:40 PM, Anonymous Anonymous said...

inteligência sem limites? Obrigado.... mas há severíssimas controvérsias. Alías sobre a existência da própria inteligência mesmo! Mas que bom que vc ainda não se deu conta disso. Beeijos kxr

Ps para a magri: pq quem deletou o orkut

 
At 7:32 AM, Anonymous Anonymous said...

como podem perceber, a poesia de g.brasil consiste no estranhamento do obvio, ou daquilo que é dado como obvio.
a busca de qualidades no mediocre, enaltecendo-o a ponto de identificação é uma quebra para com o paradigma pós-moderno da redução dos intensos, que vem resultando num oceano de marasmo.
sua obra deve ser conservada neste meio que é o digital. mas estas críticas literárias devem deixar de ocorrer.

 

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